19 de jul. de 2007

Conto mau, mau conto... Já p/ canto!


Sodomia Bacante



Como se a vida se resumisse nisso, um casal de marca Sade & Masoch registrada decidiu de modo claro pela cena eterna dessas malditas práticas.
24/07/365!
Dia todo, semana toda, ano todo, todo ano, toda semana, todo dia.
Felizes para sempre na masmorra, enquanto o amor durasse, enquanto a vida durasse, enquanto a carne durasse, durar-se –ia a relação dura e adamantina.
Porém, caprichosos, não se abstiveram de seus deveres e prazeres da vida sabor baunilha.
Trabalhavam em casa em profissões bem pagas e, logo, mui ricos entre os colegas do burgo eram.
Viviam mui bem, apreciando o que melhor há em se bem viver.
Adoravam quadros e vinhos raros.
Além de arte em carne, feito com dor para refinar a natureza e obter a beleza arabesca da forma grotesca.
A Mulher, a Dominadora, a Humilhatrix, Dona Karmina, era a escultora.
E o homem, pobre homem, Jerônimo {K},era mármore.
E os cinzéis da Rainha eram a agulha fria, o ferro quente, o bisturi fino e a caustica soda. Ferramentas de deformar, as quais escarificavam seu inferior amor. O antigo corpo natural a se reformar em novo corpo artificial.
Certo dia, na mais manhosa patifaria, ela optou em juntar a agulha fria a uma preta linha. Deu um último e demorado beijo em seu escravo e, numa costura de perfeita urdidura, cerrou para sempre os lábios do objeto abjetamente amado.
Ficou horrível, ficou lindo, o reles escravo, na verdade, seu príncipe encantado, transformado em sapo de boca costurada, perfeito para um despacho.
Então, para falar, para comer e para não morrer, os dois fizeram vários esquemas previdentes na traquéia e na laringe com a ajuda de um perverso médico amante do coito com choque elétrico. Assim podia falar o bichinho da rainha com voz de maquinaria maligna e comer certa papa mastigada através de um interstício no pescoço. Coleira cirúrgica? Quiçá...
Porém, tal invenção teve de colateral uma restrição que muito magoou Jerônimo {K},o escravo de Karmina.
E escravo se magoa, coisa louca?
Magoa, sim. E quando se magoa ai de ti, pobre Dominatrix!
Os vinhos que tanto amava!
Não podia mais ingeri-los. O sabor já estava perdido, sobrava o cheiro na hora de bebê-los, porém o gástrico refluxo não permitia a ele o líquido retê-lo e tudo em sangrenta erupção magmática voltava.
E revoltava.
E Jerônimo {K} vomitava aquilo que considerava ouro líquido.
Será que o projeto 24/7/365 estava perdido?
Nada. Engenhosa é a mulher quando precisa salvar o amor e esmagar o amado.
Estava ele no leito algemado, com o cu para alto, bem escancarado, profundo furo escuro, toca de tatu, buraco negro, túnel de minhoca, cratera quântica, disposto a tudo, da areia ao veludo, esperando a ação na qual se daria a solução.
Dona Karmina abriu a garrafa do melhor tinto (mui frio para o branco gelado, risco de resfriado) e passou o gargalo pelo nariz do aprisionado. Quando este já se nutriu de todo deleitoso aroma, ela depositou o que lhe cabia em uma única taça e o resto na bolsa para água quente, aquela de borracha grossa, a fim de esquentar os pés nas noites invernais e de carregar os líquidos para as higiênicas e medicinais aplicações retais na forma de infusões anais.
Sim, o vinho foi direto pelo tubo, então enfiado no rabo do escravo. Embriagando-o! Numa engenhosa enema alcoólica, numa divertida e bacante sodomia intestina.
Pula

E ambos saborearam o delicioso vinho, cada qual levando ao fígado pelo orifício que é lhe devido, de quem está por cima e de quem está por baixo, de quem domina e de quem é fodido.

Um comentário:

Unknown disse...

tu tá rebolando que nem vaca né viadão huahuahuauhua
doido pra dar o cu
huahuahau